
Fluminense 0x0 Palmeiras no Maracanã, reta final do Campeonato Brasileiro, sol de quase 40 graus, rodada decisiva na briga por titulo, vagas na Copa Libertadores e na fuga do rebaixamento, quando, bola alçada na área e o anjo negro Obina sobe de cabeça, mesmo puxado pelo adversário, ele abre o placar para o alviverde. Gol! Legitimo, importantíssimo – não apenas para o Palestra, mas também para vários times, como, Fluminense, Botafogo, Santo André, Náutico, Sport, Internacional, Cruzeiro, Atlético, Flamengo, e o São Paulo-, mas incompreensivelmente anulado pelo senhor arbitro gaucho Carlos Eugenio Simon, arbitro FIFA, que não deveria tremer na hora da decisão. Daí em diante o Palmeiras não jogaria bem, também pelo gol mal anulado, e pouco ameaçaria o gol defendido pelo arqueiro do tricolor carioca.
Falar em erros de arbitragem pode parecer um belo de um “chororô” de quem não sabe perder, mas não é, o Palmeiras, e o palmeirense, já não agüenta mais isso. Basta lembra algumas passagens recentes, como a disputa de pênaltis entre Palmeiras e Ipatinga pela Copa do Brasil, vez em que o trio de arbitragem da partida mandou repetir a cobrança de um pênalti defendido por Diego Cavallieri, que de maneira legal apenas havia se mexido depois que o jogador adversário chutou a bola. Ou ainda, como o pênalti, inexistente, cometido por Correa em Junior na Libertadores de 2006, ou o gol marcado pelo fraquíssimo atacante Max e mal anulado dentro do Palestra Itália no ano de 2007, ambos lances, coincidentemente, contra o tricolor do Morumbi.
Contudo, não se discute que um gol de verdade e sem nenhuma irregularidade – visível ou invisível -, como este, ao ser mal anulado venha, como aconteceu, a prejudicar uma equipe dentro de campo. Soma-se a isso o fraquíssimo zagueiro Marcão, e a burrice, ou melhor, a afobação de um time que sonha tanto, ou sonhava, em ser campeão nacional, e que por esse mesmo motivo alterna momentos patéticos, como as derrotas para o Náutico e para o Santo André, com outras vezes de garra e brilhantismo, vide o empate contra o Corinthians e a goleada para cima do Goiás.
Vagner Love não tem sido nem sombra do matador que já foi um dia, Diego Souza sente a falta de Cleiton Xavier no meio de campo, Muricy Ramalho parece sempre escalar mal o time, e em meio a tudo isso até o comum zagueiro Mauricio Ramos, lesionado, faz falta a equipe do Palmeiras.
Mesmo assim o Palestra, por vezes vestido com o manto azul da squadra azzurra, luta, pode vir a engrenar ainda nos jogos que restam, e deve sim brigar pelo titulo até a ultima rodada. No entanto, é improvável que o pontinho anulado, e conseqüentemente, não conquistado no Maraca, não faça falta na tabela final de classificação. O alviverde tem todo o direito de protestar, assim como seu torcedor tem o dever de cobrar um time que já era para, apesar de tudo, estar com a mão na taça.
Dessa maneira, o São Paulo, que não deve ter nada a ver com os problemas de arbitragem que o alviverde enfrenta, segue burocrático, ganhando de 1x0 em casa contra o Barueri. Sem jogar nada de mais – mas fazendo sua parte dentro de campo, e melhor ainda fora dele -, o tricolor se prepara para levantar mais um caneco. Erros ocorrem todos os dias, é o artilheiro que chuta o pênalti para fora, é o goleirão que aceita um frango no meio das pernas, mas em certas ocasiões erros são inadmissíveis. Carlos Eugenio Simon, que, teoricamente, se prepara para representar o Brasil em mais uma Copa do Mundo ajudou a decidir o campeão nacional de 2009.