domingo, 16 de maio de 2010

O campeão voltou


Desde que o alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Formula 1, anunciou seu retorno as pistas, foi gerada uma expectativa sobre como um dos melhores pilotos da história se comportaria dentro do cockpit após 3 temporadas parado, com 41 anos de idade nas costas e contra uma safra de pilotos jovens, campeões e muito bons.

Vale lembrar que antes de assinar o contrato com a Mercedes, o alemão foi cogitado para assumir o posto do acidentado Felipe Massa na Ferrari, no meio da ultima temporada. Entretanto, Schumacher - que apesar de aposentado ainda fazia parte da Scuderia Ferrari - também não estava apto para voltar as pistas de F1, pois apresentava uma lesão no ombro, fruto de uma queda de moto.

Assim, após o quase retorno no meio de 2009, a expectativa da volta de Schumi tomou conta do tema Formula 1. No final do ano passado o heptacampeão rompeu ligações com a equipe italiana e foi anunciado como piloto da nova Mercedes (ex-Brawn GP), onde trabalharia com o inglês Ross Brawn, velho conhecido dos tempos de Ferrari.

Contudo, após seis corridas boas, mas sem brilho - o que é pouco para Michael Schumacher -, em uma única manobra, Schumacher mostrou porque é - foi e continua sendo mesmo depois de ter sido (parafraseando Armando Nogueira sobre Pelé) - um dos maiores e mais geniais de todos os tempos com o volante.

Na ultima curva do GP de Mônaco - a pista mais apertada da categoria, onde qualquer erro mínimo corresponde a uma batida no guard-rail -, em uma fração de segundo o alemão foi perspicaz e inteligente, aproveitou a saída do safety-car e a bandeira verde para colocar seu carro num espaço mínimo e assim, numa demonstração de arrojo e habilidade, deixar para trás Fernando Alonso e conquistar a quinta posição.

No entanto a manobra de Schumi foi considerada ilegal pela direção de prova. Resultado: depois da corrida Alonso recuperou a quinta colocação, perdida na pista, e o alemão, punido severamente, ficou fora da zona de pontuação.

Certo ou errado, bandido ou mocinho, Schumacher sempre foi assim. Um gênio.

O bicampeão Alonso, que é um dos melhores dos últimos tempos, não sabe nem como, nem por onde foi ultrapassado. Mas com toda certeza, sabe muito bem quando e por quem: na última curva de Mônaco, pelo heptacampeão Michael Schumacher.