
Após a grande conquista de sua terceira Copa do Brasil - campeão em 1995, 2002, e, agora, em 2009 -, o Corinthians já convive, mesmo ainda faltando seis meses para o inicio da competição, com sua nova missão: o sonhado titulo da Libertadores.
Pensando no ano de seu centenário, 2010, e a muito tempo almejando a conquista do principal torneio futebolístico da America do Sul, o timão se preparou muito bem para a temporada de 2009, vem colhendo os frutos (campeão Paulista e da Copa do Brasil), e já garantiu vaga na próxima Libertadores. A diretoria alvinegra acertou muito em manter a base do time, que havia conquistado a Serie B no ano passado, e acertou mais ainda quando resolveu fechar o contrato com o fenômeno Ronaldo. No entanto, para bancar o craque da camisa 9, o Corinthians vendeu toda sua camisa para anunciantes, poluindo a imagem do manto alvinegro, o que a principio não agradou em nada a maior parte de sua torcida.
Contudo, é impossível se pensar em “Corinthians disputando a Libertadores” e não vir a mente uma única palavrinha: fracasso! É triste para a fiel torcida, mas a realidade é essa, o time de Parque São Jorge não é de conseguir muitos feitos fora do cenário nacional. Vale lembrar que nas vezes em que participou do torneio sul-americano o timão colecionou duras derrotas.
Talvez a mais dura delas tenha sido no ano de 2000, e justamente para quem, para seu arqui-rival, o Palmeiras. Repetindo o feito do ano anterior - quando o Palmeiras derrubou o timão nas quartas de final e posteriormente se sagrou campeão da America -, no ano 2000, Corinthians e Palmeiras protagonizaram uma grande semifinal, verdadeiras aulas do bom futebol brasileiro que vão estar para sempre na historia dos dois clubes. Depois de vencer a primeira partida, o Corinthians podia até empatar para levar a vaga na decisão, chegou a estar vencendo o embate, contudo no final da partida viu o alviverde virar o jogo com um gol heróico do volante Galeano. Naquela noite a decisão foi para os pênaltis, todos do Palmeiras converteram as penalidades, os do timão também, e o destino colocou frente a frente um dos maiores ídolos da historia corintiana, Marcelinho Carioca, contra o já idolatrado no Palestra Itália, o goleiro Marcos. Na ultima penalidade Marcelinho tentou acertar o canto direito do palmeirense, Marcos voou e espalmou a bola. O Corinthians era mais uma vez eliminado.
Muito mais pressionado pela torcida e pela mídia, depois de seu principal rival ter conquistado a America em 1999, e de seus outros dois grandes adversários, o São Paulo e o Santos, também terem sidos campeões continentais anteriormente, o Corinthians sofreu outros dois duros golpes dentro da Libertadores.
Primeiro, em 2003 o bom e rápido time alvinegro campeão da Copa do Brasil parou no River Plate, da Argentina. Comandado pelo, hoje colorado, Andrés D`Alessandro o River arrasou o timão, que se gabava de ter o “melhor lado esquerdo do mundo” (com Kleber e Gil, mas já sem o meia Ricardinho). Anos mais tarde, o poderoso Corinthians, contando com a ex-estrela do Boca Juniors, Carlitos Tevez, e também com outros grandes nomes do momento no futebol, como Mascherano (ex-River), Carlos Alberto e Roger (ambos ex-Fluminense), foi mais uma vez derrotado pelos argentinos do River Plate. Dessa vez, não satisfeita com o papelão que o time fazia dentro de campo ao ser derrotado por 3x1, quem roubou a cena foi a torcida que resolveu quebrar tudo no Pacaembu, tentaram entrar no gramado para pegar os jogadores, mas felizmente foram contidos pela valente policia. Mais uma vez o timão deixava a Libertadores de forma muito amarga.
Por fim, fica difícil acredita que exatamente no ano do seu centenário, momento de muita pressão dentro de qualquer clube, o alvinegro paulistano conseguira finalmente erguer a taça de campeão da Libertadores. Se não foi campeão continental com o time que era bicampeão brasileiro (contando com craques como Marcelinho, Dida e Vampeta), e posteriormente em 2006 quando contava com os argentinos Tevez e Mascherano, realmente parece uma missão muito difícil para Ronaldo e companhia.
Assim, o timão já respira a Libertadores de 2010, com toda a pressão que se possa imaginar. Nos diários esportivos e na televisão não se fala de outra coisa quando o assunto é Corinthians, torcedores nas ruas só falam em conquistar a América, e, inclusive, os jogadores também só pensam na Copa Libertadores. Nos resta aguardar, esperar os demais times classificados, esperar pelo sorteio dos grupos, e ver se enfim o timão mostrar ser uma equipe de proporções mundiais.
À ver não?
ResponderExcluirnão acredito na vitória do corinthians na libertadores.
Vai dar São Paulo, por que essa onda de azar, uma hora, tem que passar né?
Comecarei a frequentar mais seu blog, para ver se minha ignorancia futebolistica diminui! hehehehehe..
sugestao de próximo post: o que é impedimento! (ehhehehe.. to brincando.. eu sei o que é!)
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ResponderExcluirTem muita expectativa em torno dessa libertadores 1 ano antes, isso é perigoso... O Time do Ademar Braga em 2006, perdeu muito por isso (claro que o maior motivo é o próprio Ademar Braga, fato! Mas a ansiedade atrapalhou muito, visto o elenco estrelar). O time do corinthians é bom tecnicamente e tem uma maturidade tática acima da média pro futebol brasileiro e temos no banco de reservas um treinador coerente e competente, há condições grandes de ganhar essa competição, mas tem que colocar os pés na porra do chão antes de qualquer coisa. É isso.
ResponderExcluirSeu blog tá legal Lá, esse texto tá muito bem escrito, apesar de ser assumidamente ANTI-CORINTHIANO!!! hahahaha mas bom trabalho, anyway... abração
Ao contrário da crença comum, penso que o time de 2003 era bem melhor que o de 2006. Tinha Liédson, Leandro, Fabrício, Jorge Wagner, Doni, Fábio Luciano, além do quarteto Rogério, Anderson, Gil e Kleber em boa fase. Em 2006, com uma defesa sofrível, um Mascherano vivendo de marketing e expulsões injustificáveis e o trio Ricardinho-Roger-Carlos Alberto se arrastando em campo, o título ficou distante. A boa lembrança pra torcida talvez seja aquela vitória sobre o Universidad Católica, e só.
ResponderExcluirPra Libertadores do ano que vem, se quiser ir longe, o Corinthians tem que reforçar as laterais. O Alessandro vive às voltas com contusões e não tem reserva, por mais que o Jucilei seja improvisado no setor. Na esquerda, há um buraco que claramente não pode mais ser preenchido por zagueiros e volantes. Além disso, o esquema gradativamente vai ter que ser alterado, a não ser que tragam um camisa 10 clássico, já que tanto Edno como De Federico são jogadores de flancos e não têm um estilo cerebral de toques rápidos. O mesmo se aplica ao Morais. Talvez, com muita sorte e exaustivos treinamentos (quem sabe na sub-20 ele não aprende com o craque Paulo Henrique Ganso), o Boquita pode ser esse jogador. Será?
A propósito, no Brasil (aliás, no mundo), é cada vez mais raro ver camisas 10 típicos. Hoje, eu citaria - além do santista Ganso - D'Alessandro, Lúcio Flávio, os veteranos Ricardinho, Ramon e Petkovic e os três que vivem melhor fase: Cleiton Xavier, Marquinhos e Andrezinho. Será que o Mano Menezes tem uma lista semelhante em mãos?