
Embora para a maioria das pessoas o Santos fosse franco favorito diante do São Paulo, no jogo da semifinal deste sábado pelo Campeonato Paulista, eu - pessoalmente - acredito que os clássicos, exatamente por se tratarem de clássicos - e mexerem com um vasto histórico de rivalidade, camisas de peso e grandes jogadores -, não tenham favoritos. Parafraseando o brilhante filósofo da bola Jardel: “clássico é clássico, e vice-versa”.
Bastou rolar a bola no Morumbi e o que se viu foi um total equilíbrio nos minutos iniciais de jogo, com um leve domínio tricolor. Contudo, para acabar com a igualdade no confronto, o são-paulino Junior Cesar, ao tentar afastar uma bola dentro da área, foi infeliz e mandou a redonda contra o próprio patrimônio, abrindo o placar para o Santos. Aí, finalmente um dos tão badalados meninos da vila começou a jogar a bola, exatamente de quem se espera mais, o habilidoso Robinho.
O menino da geração 2002 abriu seu repertório de dribles e fez um grande clássico (mandando inclusive bola no travessão), muito superior aos meninos da nova geração PH Ganso e Neymar. Ainda no primeiro tempo, com o São Paulo morto, André aproveitou jogada de Neymar - que contou com muita sorte no lance - e dentro da pequena área fez 2x0 para o peixe.
Assim como no clássico contra o Palmeiras, na Vila Belmiro, o pensamento geral foi: “o Santos vai golear outra vez”. No entanto, também, exatamente como contra o Palmeiras o Santos foi surpreendido.
Para o segundo tempo no Morumbi, Ricardo Gomes promoveu uma alteração - saiu Washington e entrou Cicinho - para tentar suprir a falta de um jogador, causada pela infantil e estúpida expulsão de Marlos poucos minutos antes do segundo gol do peixe. Mesmo com 2x0 contra no placar e dez homens em campo foi o São Paulo que partiu para cima do rival. Logo no começo Hernanes, como sempre, chamou o jogo para si e marcou um gol de extrema precisão, feito que deu novo ânimo ao tricolor.
Dagoberto, bom nome do São Paulo que alterna partidas muito boas com jogos onde apenas tenta cavar faltas e reclamar com o juiz, também resolveu entrar no confronto, em alguns minutos o tricolor já empolgava. Com um a menos o São Paulo fez o Santos recuar, até o próprio Dagoberto, jogando com muita raça - principalmente depois de receber uma cotovelada na boca, de Paulo Henrique Ganso -, empatar de cabeça.
O empate era justo e merecido, o São Paulo fazia, e fez, seu melhor jogo no ano. No entanto o futebol não é justo. O Santos não dava show, Neymar só havia feito uma boa jogada em toda a partida e Ganso quase nada. Em um cruzamento, no finalzinho da partida, que poderia ter sido cortado por Rogério Ceni o São Paulo vacilou e o santista Durval cabeceou, de rosto, para as redes tricolores. Santos 3x2 São Paulo, “clássico é clássico, e vice-versa”
acho que foi a primeira partida que valia alguma coisa do ano na qual o hernanes e robinho mostraram eficiência
ResponderExcluire o texto tá muy bueno, só acho que falta um pouco de informalidade pra dar um charme