domingo, 18 de julho de 2010

12:21

O tempo não tem explicação, é efêmero e eterno, simples assim. Noção de tempo não existe, primeiro, pelo simples fato de que uma pessoa nunca saberá como a outra sente o passar do tempo, e, também, porque o tempo passa, de fato, de forma diferente para cada um de nós.

Certa vez alguém escreveu que uma noite pode ser muito longa, e que, por outro lado, uma vida pode ser curta. Aí existe uma contradição clara, no entanto, uma contradição seguramente coerente. Quantas vezes a gente não olha para o relógio e torce para ter – mesmo longe de realmente ter qualquer posse sobre o tempo – alguns minutos a mais. Mas, parafraseando outro poeta: o tempo não para.

O planeta está aqui desde sempre, ou melhor, desde muito antes de nós, aqui aparecermos e, hoje, sermos o que somos.

Depois da formação do planeta e de toda a evolução, - tempo esse inexplicável e quase incompreensível - até os dias de hoje, os humanos finalmente se estabeleceram, venceram como raça soberana em relação aos outros animais, e passaram, a partir desse domínio, a se desenvolver no planeta, extraindo tudo o que fosse necessário para suas vidas e civilizações. Contudo, ao passar do tempo, grupos de pessoas criaram vilas, aldeias e cidades, formas de governos, ideologias, lideranças, ídolos, Deuses, religiões, guerras, morte, a dor e a culpa.

Atualmente, nosso grupo que, mesmo se sentindo dono do planeta, está aqui a pouco tempo – principalmente se pensarmos em relação aos bilhões de anos que tem a Terra -, utiliza todas as maravilhas naturais da forma como quer, escraviza outras pessoas e animais – em uma industria de morte -, extrai de forma desordenada e inconsequente os bens da terra – petróleo e água, por exemplo. Enfim, claramente estamos tentando acabar com toda uma evolução decorrente de muito antes de nossa raça. Cidades superpopulosas, toneladas de lixo, queimadas, guerras, entre outras coisas, estão destruindo o planeta que por sua vez, como pensam alguns, já está tomando attitudes contra nossa falta de consciência – por meio de terremotos, vulcões e tsunamis. Se os eventos climáticos são mesmo um aviso do planeta, nós seguimos dando de ombros e não dando atenção. A exploração desenfreada continua, e continuará, pois os interesse pessoais muitas vezes comandam o pensamento das massas.

Voltando ao tempo, fato é que ele não parou desde o início desse texto, aliás já estava correndo desde antes disso, e muito antes. Não importa quem esteja nascendo, ou quem quer que morra – até mesmo o nosso planeta, que provavelmente um dia deixará de existir – a certeza é: o tempo segue, não para, e continua.

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